sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Les Bains des Docks, Jean Nouvel

Pra falar a verdade nunca fui com a cara do Jean Nouvel porque pra mim, ele sempre foi um grande fazedor de pintos. Mas não conhecendo todos projetos do cara não posso afirmar nada com razão. Além dos pintos, só conhecia o Instituto Mundo Árabe que eu vi na aula de conforto térmico. E procurando agora pra colocar o link, gostei mais ainda, porque ele fez uma releitura muito digna dos tais 'muxarabies', aquele treliçado de madeira, típico da arquitetura árabe. Na aula a gente até viu que a fachada era toda feita desses módulos, mas nem lembrava que eles tinham essa espécie de diafragma que se abre ou fecha de acordo com a intensidade da luz. Segundo os sites especializados, o efeito de iluminação natural é muito semelhante ao das residências árabes com os muxarabies. Demais.
Mas o foco não era esse e sim o Les Bains des Docks, na região do porto de Le Havre, que acabei de ver no explêndido coolhunter.net. Um dos sites que eu mais gosto na vida. Então, aí vai.




Uma graça, de cativar o coração. Eu sei. Para ver a matéria do cool hunter, clicar aqui.








E agora a coisa vai.

Como todo bom cidadão de nosso prestimoso país, só agora tenho a sensação de que o ano está começando e isso não é algo de que me orgulho, não. Mas apesar dos contratempos, acho que vai começar super bem. Levei um baque ou dois. Nada como uma sacudida pra colocar as coisas no lugar e fazer a coisa funcionar no tranco. Fim de post.




sábado, 21 de fevereiro de 2009

Não aguento mais Little Joy

Mas 'dont watch me dancing' teima em ficar tocando como música ambiente dentro da minha cabeça. Quando eu acho que passou, lá vem ela tocar denovo. Pelo menos assim, saiu a primorosa e absoluta música da Stefhany, que estava na minha cabeça desde ontem. 'Eu sou linda. Absoluta. Eu sou Stefhany.' Agora que eu lembrei, talvez ela fique por mais alguns dias.

Querido Diário...

Hoje eu tive a companhia de mim mesma. É bom para variar um pouco. Coloquei uma roupa, passei rímel e batom e fui ao cinema. Andei pela rua com a minha companhia, me achando uma mulher independente e feliz.Tinha várias pessoas na rua e dava vontade de sorrir pra elas.
O cinema estava cheio. O casamento de Rachel às 21h40. Era 21h02, tinha que esperar. Então fui no caixa eletrônico ter certeza do que eu já sabia: não tinha quase nada de dinheiro.
Voltei pro cinema, comprei uma água e fui esperar. Fiquei sentada no banquinho de madeira perto da sala. Do meu lado foram chegando casais, uma família e outras pessoas que eu nao lembro. Cada um com sua companhia. Mas estar sozinha ainda era bom. A sala abriu, as pessoas foram entrando. Escolhi a fileira que tinha uma menina sozinha e sentei lá pro meio. Fui olhar que horas eram e aproveitei pra apagar as mensagens velhas que estavam ocupando espaço.
O filme foi legal. Mas estava esperando bem mais e como é de praxe, dei uma choradinha básica em algumas partes. Mais pro final eu estava um pouco cansada e a tiara vermelha da Julia estava me dando dor de cabeça.
Na volta me senti um pouco sozinha e quando estava esperando para atravessar a rua pensei que é bom ter uma (boa) companhia pra falar bobagem ou ficar em silêncio, mas naquela hora eu estava feliz em estar comigo mesma e pensei também que eu deveria fazer isso mais vezes.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Foi aí que eu vi que a história iria começar

" - Vim ao funeral do rei.
Então entraram no quarto de José Arcadio Buendía, sacudiram-no com toda a força, gritaram-lhe ao ouvido, puseram um espelho diante das fossas nasais, mas não puderam despertá-lo. Pouco depois, quando o carpinteiro tomava as medidas para o ataúde, viram pela janela que estava caindo uma chuvinha de minúsculas flores amarelas. Caíram por toda a noite sobre o povoado, numa tempestade silenciosa, e cobriram os tetos e taparam as portas, e sufocaram os animais que dormiam ao relento. Tantas flores caíram do céu que as ruas amanheceram atapetadas por uma colcha compacta, e eles tiveram que abrir caminho com pás e ancinhos para que o enterro pudesse passar."

Cem anos de solidão, pág 138


*algo me diz que precisarei desse link depois

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Wabi

Terminei de ler um livro hoje. Nas últimas páginas encontrei algo sobre wabi.
'Surgiu uma palavra para qual não existe equivalente e nenhum idioma ocidental, wabi, identificando beleza das coisas transitórias, despretensiosas, simples, inacabadas. Havia wabi para ser apreciado numa noite solitária num chalé no meio do bosque, escutando a chuva cair. Havia wabi num velho conjunto descombinado de louças de barro, em tinas simples, em paredes manchadas e em pedras ásperas, desgastadas e cobertas de musgo e líquen. As cores mais wabi eram cinza, preto e marrom'.
Então fui procurar mais:
'Wabi-sabi represents a comprehensive Japanese world view or aesthetic centered on the acceptance of transience. The phrase comes from the two words wabi and sabi. The aesthetic is sometimes described as one of beauty that is "imperfect, impermanent, and incomplete" (according to Leonard Koren in his book Wabi-Sabi: for Artists, Designers, Poets and Philosophers). It is a concept derived from the Buddhist assertion of the Three marks of existence , specifically impermanence.
Characteristics of the wabi-sabi aesthetic include asymmetry, asperity, simplicity, modesty, intimacy, and suggest a natural process.'

Inconstância, transitoriedade, simplicidade. Ver e aceitar a beleza desses conceitos nas coisas que nos cercam. E o que é mais inconstante, transitório e incompleto do que a gente mesmo?



Mais wabi-sabi:
what's wabi-sabi?

Nota Pessoal

É da natureza do ser humano se expor.