terça-feira, 24 de março de 2009

Todo mundo vai ficar falando




Do show por uns 59083089 anos. É claro, normal. Só pra não ser cretina direi que fiquei arrepiada de ouvir minhas músicas mais-preferidas-com-grande-valor-sentimental uma seguida da outra. Lindo.
Enfim, mas o que foi demais mesmo foi a iluminação toda em LEDs (Diodo Emissor de Luz, vá procurar no wikipedia) ora sincronizada com a música, ora com efeitos visuais compatíveis com ela, mudando de cor o tempo todo. Pra mim, foi o mais marcante mesmo, já que de onde eu estava nao podia ver ninguém tocando. Estava longe do palco com um X da estrutura metálica que segurava os refletores no meio da minha visão. Mas ótimo, não tinha cabeças na minha frente, eu podia ver todo o palco sem ficar nas pontas dos pés e ainda podia respirar e me mexer.
Outra coisa legal eram as imagens do telão de câmeras que estavam captando imagens de todos os ângulos de cada um, meio como no clipe da Jigsaw Falling... mas mais legal. Minha miopia me privou um pouco do desfrute deste aparato, mas ok. haha
Não foi um show. Show foi o do Los Hermanos, que como disse meu pai 'assisti um pouco na televisão e quase dormi'. haha
O que as pessoas viram ali era outra coisa que eu nem sei bem o que é. Não tem muito o que dizer. Qualquer coisa que se tente descrever, como eu tentei mencionando ali em cima, não pode ter a ver com o que foi visto no domingo, porque simplesmente não tem igual.

*O Kraftwerk é hipnoticamente bom. Quero ser alemã quando eu crescer. hahaha

sexta-feira, 13 de março de 2009

Já pro final

'Nas noites de inverno, enquanto fervia a sopa no fogão, desejava o calor dos fundos da loja, o zumbido do sol nas amendoeiras empoeiradas, o apito do trem na sonolência da sesta, da mesma forma como desejava em Macondo a sopa de inverno no fogão, os pregões do vendedor de café e as cotovias fugazes da primavera. Aturdido por duas saudades colocadas de frente uma pra outra como dois espelhos, perdeu o seu maravilhoso sentido de irrealidade até que terminou por recomendar a todos que fossem embora de Macondo, que esquessecem tudo que ensinara do mundo e do coração humano, que cagassem para Horácio e que em qualquer lugar em que estivessem se lembrassem sempre de que o passado era mentira, que a memória não tinha caminhos de regresso, que toda primavera antiga era irrecuperável e que o amor mais desatinado e tenaz não passava de uma verdade efêmera.'

*ainda do Cem anos de Solidão, um daqueles livros que você faz de tudo pra demorar o máximo possível para terminar de ler, mas que ao mesmo tempo não consegue parar. E quando ele de fato chega ao final, parece que a história sempre esteve presente em você por ser de velhos conhecidos seus, e por mais absurdos que possam parecer os fatos, tudo se encaixa com uma grande normalidade.

quarta-feira, 4 de março de 2009

A cidade do Floriano

A verdade é que o Floriano nunca prestou e a cidade de Desterro recebeu o nome desse cretino. Mas Florianópolis até que é um nome legal. Eu gosto. Tento esquecer que ele foi um cretino.
Quando cheguei aqui, no sábado, pensei. Ah, que bom estar de volta. Porque na real, de férias eu não consigo realizar nada. É uma pausa pra tudo. Fica tudo parado. Eu não faço nada de arquitetura, não faço nada de exercício físico. Nada. Sinto falta de ter minhas coisas, minha vida. E a primeira semana serve bem pra isso. Fazer os ajustes nos horários, ver que atividades que vou fazer e graças ao término da pesquisa, procurar estágio em escritórios de arquitetura. Espero conseguir e vivenciar essas coisas de perto, como de fato acontecem na vida real. A arquitetura do curso é muito irreal e inatingível. Desenhar naquela chatisse de cad é necessário. Começar denovo. É assim que me sinto cada vez que volto dessas férias imensas. É uma chance de começar do zero. Reconhecer as pessoas. Participar de mais coisas. É isso.
*fotos do centro de Florianópolis, uma das coisas de que mais gosto daqui.