domingo, 22 de maio de 2011

o Leviathan de Anish Kapoor

todo ano, o programa MONUMENTA, convida um artista de renome internacional para ocupar os 13500 m² e 35m de altura da nave do Grand Palais em Paris, com uma obra inédita construída exclusivamente para o local. este ano foi a vez de Anish Kapoor ocupar a nave com seu Leviathan. 






quando a gente chega lá, a gente fica meio assim sabe. não se sabe se é a forma, o tamanho ou o que. mas a gente fica meio bobo. é como a gente se sente diante das coisas grandiosas, como quando você se dá conta do infinito do horizonte ou do grande vazio do espaço, sei lá. haha
acho que é a escala. parece que o leviathan está te engolindo de alguma forma.






 e a gente pode entrar. e por dentro é ainda mais estranho. quando você entra e sente a diferença de pressão ali dentro e de repente dá de cara com isso, você fica meio sem reação. a primeira coisa que eu fiz, foi sentar no chão. haha


o mais legal é que a cada instante a percepção do ambiente muda, quando entramos, estava bem escuro mas logo os olhos vão se acostumando. daí quando uma nuvem se move e o sol aparece, muda tudo. a gente consegue ver a estrutura metálica do grand palais ali de dentro. e ela muda completamente. conforme as nuvens se acomodam, aos pouquinhos ela vai sumindo de novo, como se fosse uma projeção. não parece se tratar de luz do sol, ou nada que a gente conheça. 


como parte da programação, nesse dia teve um encontro do Anish Kapoor com o arquiteto Jean Nouvel. foi bem legal ver os dois falando sobre o leviathan e fazendo vez ou outra alguma comparação com a arquitetura. 

achei bem legal quando o Jean Nouvel falou que numa época em que muitos artistas criam suas obras para os museus, assim como muitos arquitetos concebem seus prédios antes de pensar no lugar em que vão se inserir, a obra de Anish Kapoor tem especificamente essa relação, da interferência entre a obra produzida e o lugar. e acho que essa obra não poderia se relacionar mais com o local em que foi inserida. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

mobile art no istituto mundo árabe

este sábado foi a noite dos museus aqui em paris. esta é uma noite em que vários museus da cidade têm entrada gratuita e ficam abertos até 1h da manhã. como o tempo passa rápido demais e as filas eram um pouco desanimadoras, fomos somente no Instituto Mundo Árabe, um lugar que queria muito conhecer e que está abrigando uma exposição da arquiteta Zaha Hadid.
sinceramente, eu não sabia o que esperar, pois só tinha visto cartazes no metrô e não tinha olhado em nenhum site pra ver do que se tratava. chegando lá, encontramos o Mobile Art.

sobre o Mobile Art, escrevi um post lá no blog do nimbu. pra ler, é só clicar aqui.

terça-feira, 3 de maio de 2011

nó na orelha

há um mês atrás, eu conheci essa música. fiquei ouvindo até enjoar. não enjoou. e semana passada o cd inteiro ficou disponível pra download. estou ouvindo até enjoar. ainda não enjoou.
sabe quando você ouve um cd e não tem vontade de passar nenhuma música pra frente? então. assim é o 'nó na orelha'.


download disponível no aqui.

domingo, 1 de maio de 2011

a hora e a vez

hoje como sempre eu estava dando uma olhada nas notícias e vi uma chamada 'o rap rouba a cena', cliquei e era um post, no blog da folha 'última moda'.
fiquei contente. parece que o negócio tá mudando no brasil. sempre vi que em cidades grandes como são paulo, o hip hop já era mais incorporado de um modo geral, mas ainda era mais difícil. as pessoas sempre  têm um pé atrás (e isso incluía eu).
música boa é música boa e as pessoas parecem não saber fazer essa distinção. parece que se você gosta de um estilo 'b', não pode gostar de 'a'. que coisa mais adolescente, sabe? 
neste tempo em que estou aqui fora deu pra ver que o hip hop é muito mais incorporado. toca nas lojas de departamento, toca nos brechós, toca nas ruas. ele toca por tudo e junto com outras coisas boas. é normal gostar de hip hop. é 'cool'.
no brasil ele ainda não está 'cool'. mas está ficando. e isso é bom, pois assim há a possibilidade de música boa ganhar espaço. e as pessoas reclamam quando uma coisa boa fica 'pop', mas é ótimo. assim mais gente tem possibilidade de ter acesso a uma coisa boa e gostar dela. por conseqüência as pessoas vão ficando mais seletivas e o nossos ouvidos têm direito uma vida mais digna. haha
achei ótimo saber que o 'rua augusta' do emicida tá no top10 mtv. a juventude tem jeito, afinal! hahaha
e é música de qualidade, não é estereotipada, vitimizada. ela tem batida boa, ela fala de temas sérios e de outros nem tanto, o que é bom também.
não é aquela coisa americana 'mulher-gostosa-tenho-carrão-bunda-baseado-anel-de-diamante' que a gente costumava ver sempre. o que está sendo feito é mais original. e isso é o mais legal. 
a produção dos clipes também. eles estão sendo bem feitos. o pessoal se tocou que precisa incorporar as mudanças e as coisas boas do 'universo pop', fazer parcerias, se atualizar. 
é isso. que venha mais boa música.